Minha crônica publicada na Revista Acontece,
para a qual escrevo há 10 anos:
Veneza
Uili Bergamin
Que Veneza é uma das
cidades mais lindas e peculiares do planeta, todos sabem. Os canais, as
gôndolas, os monumentos e a história ali contidos são de arrepiar qualquer ser humano.
Isso sem contar o prestígio do seu Festival de Cinema e o badalado Carnaval,
com suas máscaras mundialmente conhecidas. Venezianos importantes também não
faltam, como Marco Polo, Vivaldi, Tiziano e diversos Papas.
O
que muita gente talvez desconheça é que a cidade foi construída sob um
arquipélago do Mar Adriático, na região do Vêneto, de onde veio a maioria dos
imigrantes italianos. Mais especificamente falando, são 118 ilhas, unidas por
400 pontes e cortadas por 177 canais, algo único no universo conhecido. Não é
de graça que Veneza é classificada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, e
um dos destinos mais desejados por turistas de todos os países.
Sonho
de consumo de casais apaixonados, foi exatamente nesse intuito que resolvi
conhecê-la, além, é claro, de visitar a terra de meus antepassados. Chegando de
barco, a vista é de tirar o fôlego ao fitar palácios, igrejas, cúpulas e casas
antigas. É impossível não fazer centenas de fotos, guardando aquela maravilha
na retina e no cartão de memória, para nunca mais esquecer.
Depois
de atracar, fomos direto para a Praça de São Marcos, onde se destaca a
imponente Basílica e o Campanário. Para chegar até lá, passamos pela famigerada
Ponte dos Suspiros, fotografada
por gente de todos os lugares. Reza a lenda que em tempos remotos os
prisioneiros, atravessando-a, suspiravam ao ver pela última vez o mundo externo,
antes de caírem na prisão ou serem enforcados (sim, os suspiros não eram
de amor, na época).
Dali
direto para o charmoso passeio de gôndola, ao som de música ao vivo e com
direito a espumante (de qualidade duvidável, mas naquele cenário, quem se
importa?). Navegamos ao pôr do sol, um friozinho chegando, o que tornou o
momento ainda mais sublime. Nossa!, lembrar é viver de novo. Confesso que foi
um dos grandes momentos da minha vida. Para aquecer, fomos a um café
(caríssimo, mas valeu cada centavo) e para a Ponte de Rialto, a mais famosa de
todas.
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