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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Pelo Mundo

Minha crônica publicada na Revista Acontece,
para a qual escrevo há 10 anos:

Veneza
                          Uili Bergamin

                        Que Veneza é uma das cidades mais lindas e peculiares do planeta, todos sabem. Os canais, as gôndolas, os monumentos e a história ali contidos são de arrepiar qualquer ser humano. Isso sem contar o prestígio do seu Festival de Cinema e o badalado Carnaval, com suas máscaras mundialmente conhecidas. Venezianos importantes também não faltam, como Marco Polo, Vivaldi, Tiziano e diversos Papas.
O que muita gente talvez desconheça é que a cidade foi construída sob um arquipélago do Mar Adriático, na região do Vêneto, de onde veio a maioria dos imigrantes italianos. Mais especificamente falando, são 118 ilhas, unidas por 400 pontes e cortadas por 177 canais, algo único no universo conhecido. Não é de graça que Veneza é classificada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, e um dos destinos mais desejados por turistas de todos os países.
Sonho de consumo de casais apaixonados, foi exatamente nesse intuito que resolvi conhecê-la, além, é claro, de visitar a terra de meus antepassados. Chegando de barco, a vista é de tirar o fôlego ao fitar palácios, igrejas, cúpulas e casas antigas. É impossível não fazer centenas de fotos, guardando aquela maravilha na retina e no cartão de memória, para nunca mais esquecer.
Depois de atracar, fomos direto para a Praça de São Marcos, onde se destaca a imponente Basílica e o Campanário. Para chegar até lá, passamos pela famigerada Ponte dos Suspiros, fotografada por gente de todos os lugares. Reza a lenda que em tempos remotos os prisioneiros, atravessando-a, suspiravam ao ver pela última vez o mundo externo, antes de caírem na prisão ou serem enforcados (sim, os suspiros não eram de amor, na época).  
Dali direto para o charmoso passeio de gôndola, ao som de música ao vivo e com direito a espumante (de qualidade duvidável, mas naquele cenário, quem se importa?). Navegamos ao pôr do sol, um friozinho chegando, o que tornou o momento ainda mais sublime. Nossa!, lembrar é viver de novo. Confesso que foi um dos grandes momentos da minha vida. Para aquecer, fomos a um café (caríssimo, mas valeu cada centavo) e para a Ponte de Rialto, a mais famosa de todas.
Dezenas de atrações ainda podem ser consideradas imperdíveis, como o Palácio dos Doges, a Biblioteca Marciana, o Museu Correr, a Ca' d'Oro, as fábrivas de vidros e tantas outras. Eis aqui uma viagem para a vida toda, especialmente se o viajante estiver bem acompanhado, como foi meu caso. 

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