"o que segue não é poema, mas planeta
inacabado - quem entra sai mudadocomo a árvore cai do fruto, póstumo, sazonado
e isso nem é poesia, mas tem volume
no ventre; nascerá um leitor faminto,
com fome latente de comer cada vez menos
a gula era meu fruto! eu sou o fruto
que furto, plantando faltas - de versos agora me nutro
porque o acúmulo, ah!...cúmulo!... é armazenar grãos
até incharem, estocar ânsias até as larvas
escutar com a língua a voz que tem osso e carne..."
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Publicado em dezembro de 2007, esta coletânea de poesias compila toda a obra escrita em versos. Com versos impiedosos e intensos, luminosos e sombrios, a maioria dos poemas que compõem a obra já obteve alguma premiação literária. Considerado um dos melhores lançamentos de livro de poesia já realizado em Caxias do Sul, Do Útero do Mundo vem sendo elogiado pelos leitores e pela crítica local. Nas palavras do poeta Wagner Hertzog: “A poética bergaminiana está repleta de encantos furtivos, sentenças abissais, colorações lúgubres, fazendo brotar daqui e dali uma rara beleza. Desponta, em todos os cantos, uma suave, porém contundente melancolia.”
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