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domingo, 26 de abril de 2009

A rosa do povo


Sua cor não se percebe.

Suas pétalas não se abrem.

Seu nome não está nos livros.

É feia. Mas é realmente uma flor.


Estes versos de A flor e a náusea, terceiro poema da obra A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade, demonstram o olhar do poeta sobre a vida, o medo e o cotidiano das cidades durante os últimos anos da Segunda Guerra Mundial. Quinto livro de poesias do autor, publicado em 1945, este é considerado pela crítica um de seus títulos mais fortes, tanto poética como politicamente. São 55 poemas, geralmente mais longos que os dos livros anteriores, mas com o apuro técnico de um mestre.
Sempre vale à pena dedicar alguns momentos à leitura de poesia. E quando esta vem de uma fonte abundante e cristalina como a de Drummond, o deleite é dobrado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Aew Tchê!

So para constar que dei uma lida no post e no blog em geral.

Bacana...
Continua postando que ta "tri" legal!

Uili disse...

Que bom te ver por aqui, cara.
Grande abraço