Existem escritas rasas, fúteis, entediantes. Chatas e superficiais como certamente são seus criadores.
Mas existem também escritas abissais, onde os autores enxergam em meio à nebulosidade; e onde respiram quando já não há oxigênio.
Estes criadores, estas mentes que escondem dentro de si lugares tão inóspitos, nos oferecem "o corpo": a escrita em forma de esfinge; e só nos resta decifrar e agradecer. A mente do criador é o corpo da escrita.
Onde nossos olhos não enxergam, eles nos oferecem a lente.
Onde não podemos respirar, nos fazem submergir.
Transformam o olhar e libertam os pulmões.
Estas escritas são profundas, densas e permanecem; assim como seus criadores.
Obrigada, Uili, por expandir planetinhas.
Com profundo respeito, admiração e orgulho.
Maevi Bergamin
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