Acabei de ler nesta madrugada o livro "O Sino do Campanário", de Uili Bergamin.
Quem sou eu , mera mortal, para fazer críticas ao jovem escritor.
Mas talvez melhor atrever-me do que ficar indiferente.
Gostei dos contos porque prendem a atenção e provocam reflexão em vários momentos. Mas para além da reflexão, penso que é importante a transformação do leitor.
O primeiro conto retrata a realidade de muitos de nós, pessoas que passam a vida inteira se dedicando a algo que não é delas, expectativas de seus pais, e acabam frustradas, fracassadas, vivendo uma vida que não almejaram. Pessoas assim transferem suas dores, talvez como um mecanismo de defesa para não enlouquecerem, já que não viveram seus sonhos.
Penso que em muitos momentos somos como o vigário do conto: deixamos de viver nossa vida em prol do desejo dos pais ou de outros.
Não gostaria de terminar minha vida como ele, ou seja, amargurada, solitária e tentando amenizar a dor tocando um sino.
Outro conto que produziu reflexão foi "O Fantasma do Meio-Dia". Este deve prococar impacto em muitos leitores. O conto chamou a atenção porque retrata uma história de sofrimento, angustia e dor psicológica, marcas tão presentes na vida e nesses textos.
Foi muito prazeroso ler este livro.
Parabéns e muito sucesso ao autor.
Nádia Duarte
Psicóloga
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