me pergunto, triste e incessante
por que minha condução não anda?
mas um laivo de luz revela nesse instante
que a firmeza de meu braço é nefanda
cria eu na carruagem inoperante
ou nos cavalos, abatidos na ciranda
de mil tolices, incertezas, eu, infante
subestimara a razão a qual nos manda
atinar ao freio que preserva a vida
quis ser veloz e deixei-me seduzir
pela vereda escura donde não há saída
a ignorância já passada e a porvir
impor limites desde a partida
pois rédeas soltas não permitem concluir
o itinerário tão inóspito, a dura lida
esse desafio que é existir