Li todos os livros de Uili Bergamin e, assim como os demais, "O Sino de Campanário" traz em sua essência uma complexidade e tamanha profundidade que nos remete sempre a uma aguda reflexão. Nos assemelhamos aos personagens e sofremos suas dores, seus medos, aflições, amores, alegrias e desejos de forma muito intensa. O mais intrigante é que por mais que o leitor tente, por algum momento, pensar em um final, será sempre surpreendido, pois como adianta e relembra o escritor: "Uma das funções do conto é retratar a realidade, e esta nem sempre tem um final feliz".
Então essa é a lógica! Assim como a vida, nunca saberemos o que vem depois do agora.
Até o que chama de minicontos, acrescidos ao final da 3ª edição, diz mais do que o que está escrito, e escrito por Uili não me causa nenhuma estranheza, pois ele é mestre na arte de brincar com as palavras e faz isso com muita propriedade, pois consegue prender o leitor desde a nota do autor à última página, com maestria. Sua linguagem é imbuída de sentimentos, fantasias e metáforas que majestosamente se configura em seus personagens.Gerlane Fernandes
Professora
Finalista Viva Leitura 2011
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