O campinho de terra batida, com poeira sob os pés descalços. Alguma brita solta que de vez enquando magoava a pele da sola. O gosto da poeira, do meu suor com poeira. A boca seca da sede do pó. Um cheiro de sol quente na minha pele suada e empoeirada.
O taco entre as mãos, a madeira áspera. O taco-instrumento-para-mandar-a-bola-longe, ao infinito, à vitória.
A vida era isso: apenas vencer o jogo.
Hoje lembro e lembrar é viver de novo.
Ao olhar o longe, vejo esse abismo horizontal, que me traz imagens de outras épocas.
Um comentário:
Bah cara!Que relato poético de sua infância,faz lembrar um pouco da minha e da de muita gente com certeza,quem mais participou de nossa infancia que a poeira???rsrsrsrsr
Para loucura de nossas mães,mas nunca imaginei que um dia pudesse ver isso de forma tão poética.
Postar um comentário