Páginas

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Entrevista concedida ao Gazeta Veranense, sobre o Dia do Livro Infantil, 18 de Abril

Quando começou a escrever literatura infantil?

Meu primeiro livro para o público infantojuvenil saiu do prelo apenas no ano passado, embora eu o tenha escrito há mais de 10 anos. Chama-se "A Ilha Mágica", um conto belissimamente ilustrado por Karen Basso. Estou feliz com o resultado, o livro bateu recordes de adoção em escolas, pela Editora Maneco. A 1ª edição esgotou em 6 meses.

Como surgiu esse dom de escrever para crianças?

Nunca pensei em escrever para esse público. Sempre me considerei um autor para adultos. Este conto, "A Ilha Mágica", foi confeccionado para gente grande. Aí, um dia, um amigo meu que também escreve, disse: "bah!, já imaginou essa estória ilustrada, colorida?" Não deu outra, apresentei o texto para duas editoras, e elas quase brigaram pelo dito cujo.

Quantas obras voltadas ao público infantil já escreveu?

Publicada, apenas uma. Mas a experiência e a repercussão foram tão boas, que já escrevi mais duas.

Quais são os títulos?

Uma já está com os direitos vendidos e deve sair em livro e peça de teatro, já para o primeiro semestre deste ano. Chama-se "A Mordaça". A outra eu ainda estou negociando com algumas editoras e não tem título definido.

Se inspirou em alguém para escrevê-las ou foi pela imaginação?

Sempe parto da realidade para criar minha ficção. Várias pessoas inspiraram minhas personagens, inclusive eu mesmo.

Sobre o que tratam as obras infantis?

"A Ilha Mágica" trata de um naufrágio. Os pescadores acordam numa ilha onde coisas muito estranhas acontecem. É uma reflexão sobre o perdão e a busca de nossos objetivos. "A Mordaça" é uma crítica ao uso indiscriminado dos meios tecnológicos, em detrimento de nossa humanidade. E a terceira estória, ainda sem título, trata de um mocinho que odeia ler. O nome dele é Íkaro, e é baseado num garoto sapeca que eu conheço. Algumas experiência malucas acabam tansformando ele num excelente leitor. É muito divertido.

Já foste premiado pelas histórias de criança que criaste?

Venci dois prêmios literários com "A Ilha Mágica", antes de ser publicado em livro: um em nível estadual e outro em nível nacional. Os outros ainda são muito recentes, não tive tempo de participar de prêmios, por enquanto.

Planeja escrever mais obras para crianças no futuro?

Certamente que sim. É um tipo de literatura que tem demanda, as escolas trabalham os livros e o autor tem a chance de interagir com seus leitores. É uma maneira de contribuir para a formação de um país leitor. É gratificante em todos os sentidos.

Nenhum comentário: