Bom, depois do barulho e dos absurdos que tenho ouvido e lido nos últimos dias, preciso dar a minha versão dos fatos, para que meus leitores e as pessoas em geral tirem suas conclusões. Sempre passei aos jovens, em minhas palestras e nas rodas de leitura que realizo há 10 anos, que a diferença entre uma coisa e a mesma coisa é a maneira como cada um olha pra ela, e que pouquíssimas são as verdades absolutas. Sempre peço aos meus ouvintes, que tentem sair do senso comum, da superficialidade, que procurem analisar os fatos dos vários ângulos possíveis. Aprender a ler os livros e o mundo.
Pois bem, corre a notícia de que sou um escritor que agride "mulheres", assim mesmo, no plural. Um absurdo, intriga. Nem mulher (no singular), e muito menos no plural.
Penso que minha vida particular diz respeito apenas a mim mesmo. Sou Patrono pela minha trajetória literária, com 14 livros publicados, dezenas de prêmios no currículo, palestras e oficinas que realizo em todo o RS, rodas de leitura, textos que escrevo para veículos de imprensa e etc. É o escritor Uili que está sendo homenageado na Feira do Livro de Caxias do Sul. Se fôssemos julgar a vida particular dos artistas, Cervantes, o maior gênio literário de todos os tempos, jamais poderia ser homenageado por aqui, pois foi preso 5 vezes, por diversos motivos. Cito apenas ele, o maior, mas poderia elencar centenas de ótimos autores, que nos deixaram pérolas literárias, e que tiveram vidas atribuladas.
No entanto, já que a baboseira extrapolou o limite da estratosfera, vamos lá, esclarecer algumas coisas. Há quase 5 anos tentei me separar de minha ex-esposa, que não queria o divórcio de jeito nenhum. Tanto é que realmente entramos em um divórcio litigioso, que terminou há poucos dias. Coincidência, não acham? Justo quando sou escolhido Patrono e quando o processo desgastante e desnecessário de separação chega a termo, surgir um boato desses? Porque isso não veio à tona antes, se faz quatro anos e meio? Nesse meio tempo fui patrono e homenageado em diversas cidades, e eventos aqui mesmo em Caxias, e nada aconteceu. Sim, como não tinha mais como levar aquele casamento fracassado e infeliz, eu propus o divórcio e ela propôs que eu deixasse todos os bens pra ela, em troca de não complicar a minha vida. Óbvio que não deixei tudo para ela. Comunhão Universal de Bens significa metade para cada um. Se tivesse deixado eu seria hoje um Patrono mais feliz, e um homem mais pobre.
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