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terça-feira, 17 de abril de 2018

Matéria - Ponto Inicial

Baita matéria feita pelo Laudir Dutra,
do Jornal Ponto Inicial, sobre meu trabalho.
Vale conferir.
https://www.jornalpontoinicial.com.br/2018/04/15/entrevista-uili-bergammin-de-a-a-oz/

Uili Bergammin de A a Oz

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Depois de lançar pelo menos 4 obras de grande sucesso, cada uma com diversas edições, de participar de palestras, workshops em feiras do livro de diversas cidades do estado, inclusive Caxias do Sul, e ser muito requisitado para expressar a sua opinião sobre temas relevantes da cultura e do cotidiano, Uili Bergammín Oz está de volta, desta vez para apresentar aquela que considera a sua obra raiz, a que despertou a sua vontade de ler e aptidão para escrever.
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Dom Quixote de La Mancha, do grande escritor espanhol Miguel de Cervantes, no cenário imaginativo do consagrado escritor da SerraGaúcha, teve uma adaptação e condensação. Como o próprio autor salienta, “Dom Quixote foi o livro que me fez querer ser escritor. O primeiro grande livro que li na vida foi o de Cervantes.”
O mais importante é que li a obra na versão adaptada, e muito tempo depois, no original, na língua mãe que é o espanhol. Me apaixonei por cada escrito, cada capítulo. Posso dizer então que meu autor preferido é Miguel Cervantes e que o livro da minha vida é Dom Quixote de La Mancha”.

Dom Quixote de La Mancha

“Decidimos, eu e meu editor, a partir de minha ida à Espanha, fazer uma adaptação do Dom Quixote e achamos interessante fazer a Rota do Cervantes. Estou feliz de ter tido essa oportunidade e considero a obra como a mais importante da minha trajetória como escritor”.
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Uili Bergammín Oz é autor de vários livros, entre eles O Sino do Campanário, o primeiro e o mais vendido na categoria ficção na Feira do Livro de Caxias do Sul, em 2005, quando foi lançado. Entre seus quase 20 títulos publicados, são mais de 40 mil livros vendidos, e ao que parece o elenco só aumenta, pois ainda existem outros temas que precisam ser abordados. É preciso, no entanto, fazer a diferença, reinventando sempre, variando as opções de assuntos e temas. “Creio que meu grande diferencial seja a versatilidade, quase todos os gêneros já fizeram ou fazem parte da minha história literária.”

O que ainda falta para o Uili…

“Um romance é a ideia que cozinha na minha cabeça há mais de uma década. Por diversas razões, não me sobrou tempo, em função de minhas viagens e compromissos. Para uma narrativa longa é preciso dedicação total, foco e muita concentração, e no momento não estou tendo isso.”

E o cenário cultural…

“Vivemos um paradoxo. Ao mesmo tempo em que nunca houve tanta demanda por escritores em eventos culturais, temos que nos deparar com uma competição desleal com as novas tecnologias.
Mas a gente acaba se adaptando. Tenho um canal no Youtube chamado LiteraCura, além de um blog e página no facebook, onde procuro interagir com os leitores, colocando minhas propostas literárias e conversando sobre temas pertinentes do cotidiano. Acredito que temos que estar antenados às novas propostas tecnológicas e que no fim podem ser benéficas para divulgar nosso trabalho, expandir para outros centros”.
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Jamais desistir é fundamental…

“Acontece em todas as áreas de existir as preferências coorporativas, mas com persistência a gente vai inevitavelmente ser reconhecido. Demora um pouco, mas acontece se o trabalho é sólido, ele perpetua. Antes de qualquer coisa, temos que ter em mente o que queremos. Eu quero ser lido.
Temos também de ser realistas e saber onde estamos inseridos, se somos ou não partes integrantes de determinada corrente reinante na cidade. Aí entram as preferências que mencionei acima. As indicações ou colocações de nomes que caem de paraquedas em determinados postos-chave acabam atrapalhando o processo muitas vezes. Em detrimento da qualidade do trabalho, é levado a frente muitos que possuem círculos de amizade mais influentes, que têm apelo maior na mídia. Mas o leitor, aquele que conhece e se coloca no lugar de quem escreve, não se deixa levar e vai dar a devida atenção e o valor merecido”.

Quando entendeu que era isso que gostaria de fazer na vida…

“Acho que quando eu tinha uns 17, 18 anos a ficha caiu e entendi eu era isso que eu queria fazer na vida. Sou detalhista e anoto tudo quanto é ideia, sei que mais cedo ou mais tarde vou precisar dela. Chato também, me cobro sempre para melhorar a obra que acabei de finalizar. Um novo trabalho começa sempre que lanço o último”.

Dom Quixote de La Mancha

“É o grande trabalho da minha vida, me preparei para ele desde a adolescência. Independente de eu ter certeza de ser a maior obra da minha carreira até agora, sempre acho que ela poderia ter sido melhor escrita.”

E agora, férias, descanso…

“Que nada, já estou trabalhando em outra coisa, uma vida não chega para escrever tudo o que eu gostaria de registrar no papel. Tenho muita coisa e não posso perder tempo, os anos voam.”

De onde vem tanta inspiração…

“Nada vem do nada, a minha literatura sempre nasce do factual. A própria vida, as leituras que faço e a imaginação, juntando essas três coisas, acontece… Nada nasce do vácuo…”

Alguns autores como mestres..

“Tive alguns grandes autores como professores. O primeiro, lógico, foi o Cervantes. Depois veio o Garcia Márquez, o Saramago, Guimarães Rosa, Machado de Assis e muitos outros.  Posso dizer que estão entre os meus ídolos.
Existe muita gente boa escrevendo, por isso leio de tudo, inclusive psicologia, filosofia, poesia, história e etc… O bom escritor deve saber um pouco de tudo. Para conhecer o personagem por dentro e por fora preciso me inteirar sobre aquilo que relato.”
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O lançamento da obra de Uili Bergammín Oz aconteceu no dia 07 de abril, na Dulce Amore Café & Algo Mais, localizado em frente ao Fórum de Caxias do Sul, na Dr. Montaury, e reuniu um grande número de fãs e aficionados, como o escritor Marcos Kirst, entre tantos outros.

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