Autor que dispensa maiores apresentações, Pozenato é, sem sombra de dúvida, o mais conhecido dos escritores serranos. Isto se deve principalmente ao romance “O Quatrilho”, sucesso de vendas adaptado para o cinema, que por muito pouco não trouxe um Oscar ao Brasil. Mas também às suas novelas, como “O caso do martelo”, traduzido para o espanhol e para o italiano e adaptado para a televisão.Em “O caso da caçada de perdiz”, (Editora Maneco – 2008 - 132 páginas), o autor recua no tempo e traz a primeira investigação de seu famoso personagem Hilário Pasúbio, escrivão de polícia em início de carreira.
A história se passa nos campos da Vacaria, durante o que era para ser uma simples caçada de perdiz. Misteriosos assassinatos acontecem debaixo de uma chuva ininterrupta, que em alguns momentos faz lembrar o dilúvio de García Márquez, em “Cem Anos de Solidão”.
Ilhado, primeiro pela água e depois pela neve, Pasúbio tem seu primeiro grande teste, sua iniciação no mundo do crime.
Como é notório em seus livros, Pozenato resgata costumes e tradições, imortalizando-as. Eis aqui uma obra de grande importância para a nossa cultura, que vai além do simples entretenimento policial. E, como não poderia deixar de ser, escrita de maneira eficiente e fluída, podendo ser lida de um fôlego só.
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