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domingo, 31 de janeiro de 2010

Palavra de escritor e jornalista

Carissimo Uili:
Que boa sensação quando lemos um livro que nos surpreende. Melhor sensação ainda quando o autor é nosso amigo, que já admiramos pelas qualidades pessoais e que passamos a admirar também pelo dom da escrita. Adquiri sexta-feira, na Maneco, duas de suas obras (quase que os Complete Works) e devorei em duas tragadas o Cela de Papel. Interrompi a leitura de Dois Irmaos do Milton Hatoum (que está sendo, aliás, uma surpreendente decepção) para ler o amigo, e confesso que gostei. Primeiro, da criatividade, a começar pelo Menu, com a receita dos capítulos. Depois, pelo estilo do texto. O senhor tem voz autoral, e isso é fundamental. Administra bem as farses curtas (o que é uma arte) e também as repetições calculadas, que causam na atmosfera o efeito desejado. Depois, gostei da forma como deslindas a trama, revelando essências no final e nos obrigando a rever tudo o que lemos com outros olhos. O senhor é um bom prosista. Lerei, a seguir, "Do Útero do Mundo", e comentarei. Já adianto que o trabalho gráfico da segunda edição está bem bacana: formato agradável, páginas com papel liso e brilhoso...
Aliás, quero autógrafos em meus exemplares. Vá afiando a caneta.
Abs
Marcos F. Kirst

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