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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sobre o Sino...badalos....

          Li  "O Sino do Campanário", aliás, alguns dos contos li e reli , para assimilar e interpretar o conteúdo (tu escreves muito nas entrelinhas) e, para mim, isso é um desafio: reler e descobrir novas nuances, as quais passaram despercebidas no primeiro contato e, nesse exato momento vem-me a mente uma comparação dessa relação que vai se aperfeiçoando e criando maior intimidade entre eles: "é como se o livro pedisse ao leitor que o tocasse, para aprender seu corpo e para que ensinasse também seu corpo a ele"...
          Em algumas frases vislumbrei o jovem narrador de "Cela de Papel", usando o mesmo tom para dizer "a mulher da vida de um homem não precisa ser linda... mas era a mulher da vida dele e pronto" e "...o macaco do sonho era feliz, eu podia ver isso em seus olhos"...
          Eu digo para esse jovem que agora quer o mundo dos primatas, que comungo do mesmo sonho (e que também sonho com o mundo de Pandora).
          Concordo plenamente com o comentário de Márcia Tolotti de que, apesar de tua juventude, tu escreves com muita maturidade, sendo que, em vários textos me surpreendo e me questiono "como ele pode saber disso sendo tão jovem? de onde vem essa sabedoria?" A imaginação é fruto da mente inteligente, e penso que, em um jovem que ainda "não viveu para contar" a sabedoria só pode vir da alma.

Terezinha Zanetti


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