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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Entrevista à Mayara P. Zanotto, aluna da UCS, sobre o Tetraedro


  • Quais são as suas influências literárias?
  • Várias, desde clássicos como Cervantes e Machado de Assis até contemporâneos como Saramago e García Márquez.
  • Os personagens apresentados no livro, em alguns casos são reais, e isto fica bem explícito. Mas e os demais? São reais ou fictícios? Eles são inspirados em alguém pertencente à sua vida pessoal ou profissional?
  • No meu caso, como escrevi crônicas de opinião e pretensamente reflexivas, o texto parte do personagem real Uili Bergamin. Não há ficção em meus textos de Tetraedro, diferentemente do que acontece em outros títulos de minha autoria como "O Sino do Campanário" e "Contos de Amores Vãos".
  • Como se deu o processo de início da escrita do livro? Qual a ligação entre você e os demais escritores? O que você acredita que têm em comum?
  • Os quatro autores de Tetraedro escrevem para jornais, revistas ou blogs de Caxias e região. Eu e o Kirst somos colegas de Revista Acontece. O Marcon e eu somos colegas de Prefeitura. Todos nós já fomos premiados no Concurso Anual Literário de Caxias do Sul. Há quatro anos sou um dos organizadores desse prêmio e, numa das cerimônias de entregas dos troféus, tive a ideia de juntar esse time para fazer algo diferente na cidade: reunir crônicas de cada um dos escritores e organizar um volume eclético. Mesmo com estilos diferentes e temáticas diversas, os quatro escrevem sobre a cidade. É um panorama interessante que se abre em Tetraedro.
  • Descreva a sua visão literária de modo geral (brasileira, caxiense).
  • Nunca se produziu tanta literatura como de uns anos para cá, na esfera nacional ou na municipal. As leis de incentivo, concursos e outras facilidades, ampliaram a produção, mas infelizmente não a qualidade. Claro que no meio de tudo aparecem coisas boas, mas fica difícil diferenciar o joio do trigo. Às vezes essa facilidade toda joga contra a verdadeira literatura. Parece que há um medo de dizer as coisas, a impressão é de que falta coragens aos escritores contemporâneos. E também ousadia.
  • Quais são os projetos futuros?
  • Meu próximo projeto é o lançamento e adaptação para o teatro de "A Mordaça", texto concebido há uns 10 anos, mas que que só agora está vindo à luz. O Grupo Ueba Produtos Notáveis comprou os direitos do texto e está lançando também o livro, em prosa. É uma crítica ao excesso de tecnologia que nos soterra, em detrimento da humanidade de cada um de nós. Tanto a peça como o livro são bastante irônicos e mais voltados ao público juvenil.

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